Liturgia diária

Agenda litúrgica

2024-04-05

SEXTA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA

Branco – Ofício próprio. Te Deum.
Missa própria, Glória, sequência facultativa, pf. pascal.

L 1 At 4, 1-12; Sl 117 (118), 1-2 e 4. 22-24. 25-27a
Ev Jo 21, 1-14

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.

 

Missa

 

Antífona de entrada Cf. Sl 77, 53
O Senhor conduziu o seu povo com mão poderosa,
enquanto o mar submergia os inimigos. Aleluia.

Diz-se o Glória.

Oração coleta
Deus todo-poderoso e eterno,
que, na Páscoa da nova aliança, oferecestes aos homens
o dom da reconciliação e da paz,
fazei que realizemos na vida o que celebramos na fé.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I Atos 4, 1-12
«Em nenhum outro nome podemos ser salvos»

A cura do coxo foi ocasião para uma longa catequese, que a liturgia continua a propor-nos ao longo desta semana. É quase uma mistagogia, uma catequese para iniciados sobre os mistérios da sua própria iniciação. De fato, esta semana foi sempre a semana das catequeses mistagógicas para os que receberam os Sacramentos da Iniciação Cristã na Noite Santa da Páscoa. Hoje esta catequese insiste sobre o “Nome”, o nome divino de “Senhor”, que é agora título do Homem-Deus, o Senhor Jesus, o Ressuscitado. É o nome que tão frequentemente pronunciamos, quando exclamamos: Kyrie, Senhor, misericórdia.

Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, estavam Pedro e João a falar ao povo, depois da cura do coxo de nascença, quando surgiram os sacerdotes, o comandante do templo e os saduceus, irritados por eles estarem a ensinar o povo e a anunciar a ressurreição dos mortos que se verificara em Jesus. Apoderaram-se deles e, porque já era tarde, meteram-nos na prisão, até ao dia seguinte. Entretanto, muitos dos que tinham ouvido a palavra de Deus abraçaram a fé e o número de homens elevou-se a uns cinco mil. No dia seguinte, os chefes do povo, os anciãos e os escribas reuniram-se em Jerusalém, com o sumo sacerdote Anás, com Caifás, João e Alexandre, e todos os que eram da família dos príncipes dos sacerdotes. Mandaram vir os Apóstolos à sua presença e começaram a interrogá-los: «Com que poder ou em nome de quem fizestes semelhante coisa?» Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: «Chefes do povo e anciãos, já que hoje somos interrogados sobre um benefício feito a um enfermo e o modo como ele foi curado, ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: É em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos, é por Ele que este homem se encontra perfeitamente curado na vossa presença. Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que veio a tornar-se pedra angular. E em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos». Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 117 (118), 1-2.4.22-24.25-27a
(R. 22 ou Aleluia)
Refrão: A pedra rejeitada tornou-se pedra angular. Repete-se

Ou: A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular. Repete-se

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.
Digam os que temem o Senhor:
é eterna a sua misericórdia. Refrão

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão

Senhor, salvai os vossos servos,
Senhor, dai-nos a vitória.
Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós vos abençoamos.
O Senhor é Deus
e fez brilhar sobre nós a sua luz. Refrão


ALELUIA Salmo 117 (118), 24
Refrão: Aleluia Repete-se
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão


EVANGELHO Jo 21, 1-14
«Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho,
fazendo o mesmo com o peixe»

As aparições do Senhor ressuscitado vêm frequentemente em ambiente de refeição, e esta é descrita com termos semelhantes aos que são usados para falar da celebração da Eucaristia. A celebração eucarística foi, desde o início, o lugar privilegiado onde os cristãos reconheceram o Senhor no seu Mistério Pascal. A pesca abundante, como outros fatos semelhantes do Evangelho, evoca a abundância de vida de que o mistério da Páscoa de Jesus é fonte e origem.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus manifestou-Se novamente aos discípulos junto ao Mar de Tiberíades. Manifestou-Se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galileia. Também estavam presentes os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada. Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Disse-lhes então Jesus: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam: «Não». Disse-lhes Jesus: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes. Então o discípulo predileto de Jesus disse a Pedro: «É o Senhor». Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar. Os outros discípulos, que estavam distantes apenas uns duzentos côvados da margem, vieram no barco, puxando a rede com os peixes. Logo que saltaram em terra, viram brasas acesas com peixe em cima, e pão. Disse-lhes Jesus: «Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora». Simão Pedro subiu ao barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes. E, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar: «Quem és Tu?»: bem sabiam que era o Senhor. Então Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe. Foi esta a terceira vez que Jesus Se manifestou aos discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.
Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Realizai em nós, Senhor,
o mistério desta admirável permuta de dons pascais,
para que, da afeição aos bens terrenos,
passemos ao amor dos bens eternos.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio Pascal I: O mistério pascal
No Cânone romano dizem-se o Em comunhão com toda a Igreja e o Aceitai benignamente, Senhor próprios. Nas Orações eucarísticas II e III fazem-se também as comemorações próprias.

Antífona da comunhão Cf. Jo 21, 12-13
Disse Jesus: Vinde comer.
E tomando o pão, deu-o aos seus discípulos. Aleluia.

Oração depois da comunhão
Guardai sempre, Senhor, com paternal bondade
o povo que salvastes,
para que se alegrem com a ressurreição do vosso Filho
aqueles que foram remidos pela sua paixão.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

 

 

Santo

São Vicente Ferrer, presbítero

 

 

Martirológio

São Vicente Ferrer, presítero da Ordem dos Pregadores, natural da Espanha, que percorreu incessantemente as cidades e caminhos do Ocidente, sempre solícito pela paz e unidade da Igreja, pregando a muitos povos o Evangelho da penitência e da vinda do Senhor, até que, em Vannes, na Bretanha, região da França, entregou o espírito a Deus.

 

2.   Em Tessalónica, na Macedónia, actualmente na Grécia, Santa Irene, virgem e mártir, que, desobedecendo ao edito de Diocleciano, ocultou os Livros sagrados e por esse motivo foi conduzida ao prostíbulo público e queimada por ordem do prefeito Dulcécio, o mesmo que tinha martirizado as suas irmãs Ágape e Quiónia.

3.   Em Selêucia, na Pérsia, no território do actual Iraque, Santa Ferbuta, viúva, irmã de São Simeão, bispo, a qual, juntamente com a sua serva, sofreu o martírio no reinado de Sapor II.

4.   Também em Selêucia, na antiga Pérsia, a comemoração de cento e onze homens e nove mulheres, mártires, que, reunidos de vários lugares nas cidades régias da Pérsia, por recusarem firmemente negar a Cristo e adorar o fogo, foram queimadas por ordem do mesmo rei.

5.   Em Régia, na Mauritânia, no território da actual Argélia, a paixão dos santos mártires que, na perseguição do rei ariano Genserico, foram massacrados na igreja num dia da Páscoa; entre eles estava o leitor, que foi atravessado por uma flecha na garganta quando cantava do púlpito o «Aleluia».

6.   No mosteiro de Grande-Sauve, na Aquitânia, actualmente na França, São Geraldo, abade, que pertencia ao mosteiro de Corbie quando foi eleito abade de Laon e, depois de santas peregrinações, se retirou na densa floresta.

7*.   Em Montecorvino, na Apúlia, região da Itália, Santo Alberto, bispo, que consagrou toda a sua vida à oração contínua a Deus e à solicitude pelo bem comum dos pobres.

8*.   Em Fosses, no Brabante, hoje na França, Santa Juliana, virgem da Ordem de Santo Agostinho, que tinha sido prioresa do mosteiro de Mont-Cornillon, em Liège e, fortalecida pelo dom do conselho divino e humano, promoveu a solenidade do Corpo de Cristo e viveu como reclusa.

9.   Em Palma, na ilha de Maiorca, na Espanha, Santa Catarina Tomás, virgem, que, entrando na Ordem das Canonisas Regrantes de Santo Agostinho, foi insigne no desprezo de si mesma e na abnegação da sua vontade.

10*.   Em Kaufbeuren, junto ao rio Wertach, na Baviera, região da Alemanha, Santa Maria Crescência Höss, virgem da Ordem Terceira de São Francisco, que procurou comunicar aos outros o fogo do Espírito Santo que nela ardia.

11♦.   Em São Paulo, no Brasil, o Beato Mariano da Mata Aparício, presbítero da Ordem de Santo Agostinho.